6.10.11

Na próxima terça, dia 11, toco na Valentina!

Especial dia das Crianças Você que não perdia um ''Xou da Xuxa" na esperança de ver sua "verdadeira ídola", a Marlene Mattos, que imitava loucamente o grupo Locomia, ou até mesmo você que tornou se um lindo ursinho carinhoso não pode ficar de fora.Liberte a criança de dentro de você e vem! Dj Set anos 80 , músicas da infãncia e claro, o som da Valentina!


Line up:
Alê Marcely
Thá Vespucci
Lollipop
Sapa & Tona
Barbarella

Valores: $ 15,00 entrada até 00 depois $ 20,00 entrada.

CAMAROTE OPEN BAR $ 50,00 (Vodka Smirnoff, Catuaba, Jurupinga, Cerveja ,Caipirinha, Caipiroska, Refrigerante e Água)

Para diminuir a fila de entrada e reserva de Camarote, venderemos antecipadamente no bar do Chicão (ao lado do clube Glória, Rua 13 de maio, 886 - Tels: 3262-1656 e 5433-8464) a partir de Sábado dia 1/10.Vendas também no dia da festa. (Exceto camarote).

Lembrando que serão APENAS 250 CAMAROTES Open Bar. Então corra para garantir o seu. NÃO será permitida circulação fora do camarote com bebidas!

Traga um brinquedo usado para doação!!

Dia 11/10 véspera de feriado a partir das 23hrs
Local: Open Bar Club - Av. Henrique Schaumann, 794 - Pinheiros - São Paulo - SP

3.10.11

Sobre Jamey Rodemeyer, tolerância, amadurecimento e aceitação.

Esse é o blog do meu projeto musical, onde eu escrevo apenas sobre meu trabalho, e para outras coisas costumo usar meu Tumblr, mas achei importante este post ser aqui, porque acredito que, das partes mais interessantes de trabalhar com arte é, poder me comunicar com pessoas que não conheço, que se importam com o que eu digo e que talvez estejam precisando ouvir/ler sobre certos assuntos.

Todos leram sobre a história do pequeno Jamey Rodemeyer, o garotinho de 14 anos que gravou um vídeo para a campanha "It gets better", que visa orientar pessoas que estão lidando com a descoberta de sua sexualidade dizendo que sim, tudo melhora, o preconceito dói, mas melhora. Isso aconteceu logo que ele entrou em férias e quando voltou para a escola não deu conta dos ataques dos colegas e se suicidou. Como essa história não pode tocar a todos? Achei interessante que a mãe dele declarou prontamente, mesmo sentindo tanto a dor da perda, que a morte do filho deixa uma mensagem muito importante e é verdade. Até quando os gays terão que ter medo? Até quando as pessoas não vão aceitar as diferenças? Vão brigar e matar por causa disso? É tão primitivo! Eu sinto nojo e vergonha da raça humana quando vejo histórias de intolerância, não faz sentido nenhum, somos mesmo todos iguais, o que é tão difícil de ser absorvido nisso? Que limitação é essa? E no caso do Jamey, isso é ainda mais assustador, porque os ataques vieram de CRIANÇAS, que tem exemplo em casa, e levam para a escola o que suas famílias tem de pior, e conseguem ser ainda mais cruéis, porque desconhecem alguns limites que percebemos com a idade, alguns NUNCA percebem, mas sai tudo de casa, da criação. O que há de errado com essas pessoas que criam seus filhos sem lembrar que eles são os adultos de amanhã e plantam nelas sementes do mal?

Bom, como a maioria já sabe, sou gay e custei a assimir isso para mim. Já sabia, desde muito nova, mas eu custei a querer acreditar e mesmo quando tive certeza, preferia me classificar como "bissexual", porque era mais suave. Tive uma infância e adolescência rodeadas por preconceitos de toda natureza, por ser negra, por ser gorda, por ser de outra cidade, por ter sotaque, por ter a voz grave, por ter pais separados, por ter cabelo crespo, por ter repetido séries na escola, por tanta coisa... e eu mesma me reprimi por muito tempo e não percebia. Eu quis me encaixar em muitos grupos, mas imatura, acreditava que era cheia de personalidade, com isso fiz péssimais escolhas, tinha muitos medos, segredos e buscava amizades superficiais para não precisar me expor. Um dia um microfone parou na minha mão e minha vida mudou. Eu brinco me referindo a Barbarella como terceira pessoa, mas é porque de fato "ela" me tirou do buraco onde eu me escondia do mundo. Subir no palco me fez criar uma autoconfiança que eu desconhecia. Comecei a ter menos vergonha do meu corpo e a gostar de ser ouvida. Conheci pessoas e ouvi de muitas delas que o meu trabalho era importante e isso me motivou a dar sequência ao que hoje é a minha vida.

Ver o mundo "lá fora" me fez sair da casa dos meus amados pais, eu quis me obrigar a crescer, a sair do casulo e eu escolhi São Paulo para ser minha nova morada e não poderia ter feito melhor escolha, porque aqui eu vi coisas que nunca imaginei que veria e me sujeitei a viver tantas outras e quebrar preconceitos dentro de mim, aqui pude assumir tudo o que sou e acredito, aqui sou dona do meu nariz e ser dono do seu próprio nariz não é fácil, como foi uma decisão minha, resolvi arcar com as consequências sozinha e passei por coisas que só Deus sabe, mas estou aqui, sã e salva e muito mais madura e preparada, alguns medos ainda me travam, mas tantos outros simplesmente deixaram de existir e nesse processo me fortaleceram. Digo o que quero dizer e faço o que quero fazer, mas sempre com muito respeito, pelos outros e principalmente por mim. Eu costumo dizer que ainda tenho outras vidas, mas como Barbara Regina Lucia só tenho essa, então não tenho tempo a perder, o reloginho está lá, bombando e eu só vou saber a hora que ele vai parar quando ele já tiver parado e aí meu bem, é tarde demais.

O que eu quero com esse post é tentar encorajar pessoas que tem, assim como eu tive, medo de assumir e vergonha do que é e do que acredita. Parem para analisar os seus próprios preconceitos e lute contra eles, todos nós temos, isso é fato! Nos cabe perceber quais são e fazer de tudo para não deixá-los falar mais alto, vamos plantar sementes do bem. Lembrem que o reloginho está lá, o tempo voando, por que não fazer do mundo um lugar mais feliz e cheio de amor? Por que não aproveitar as voltas dos ponteirinhos sendo feliz e melhor, compartilhar a felicidade com os outros e curtir junto?



"Mais amor, por favor"
Exatamente como espalha o artista Ygor Marotta, pelos muros de São Paulo!